Biblioteca Central recebe roda de conversa sobre sexualidades e gênero

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Finalizando a programação do “Maio das Liberdades”, que compôs a programação do mês de maio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP), voltado às diversidades, acontece na quarta-feira (31/5), no Quadrilátero da Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB), em Salvador, dois encontros: a roda de conversa sobre gênero e sexualidade, e a sessão de arte sobre afetos dissidentes. 

“A proposta é promover a mediação do livro, da leitura e da escrita, por meio dessas atividades que permitirão falar sobre a diversidade e seus desdobramentos na sociedade atual”, explica Tamires Conceição, titular do SEBP. 

Durante a tarde, a partir das 14h30, o diálogo “Discutindo questões de Gênero e Sexualidade”, gira em torno do dia 17 de maio, data em que se destaca a retirada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), da classificação da homossexualidade da classificação internacional de doenças e problemas relacionadas à saúde, em 1991.

A conversa conta com o comunicador e consultor de Diversidade e Inclusão, Onã Rudá, a dançarina e modelo Dhanny dos Santos, o influenciador Keu Salvador, e Yaminah Albergaria, diretora da pasta LGBTQIAPN+ pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Já no início da noite, a partir das 19h, acontece a sessão de arte “Uma noite para relançar afetos”, com o poeta Marcelo Ricardo, a drag queen Barbárie Bundi, com a mediação do professor e escritor Ari Sacramento, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ricardo lançou em 2021, “Aos meus homens”, seu livro de poemas que retrata as diversas formas de relação entre homens, a partir de uma perspectiva das comunidade-terreiro. Enquanto Barbárie, intérprete de Aquatika (2021), EP que exalta as tradições Bantu, para pensar afeto, a autoafirmação e as flexibilidades do gênero.

“Me interessa cultivar as chances do possível nas relações entre homens pretos. Estender suas potências e utopias, por mais que as estatísticas nos desencorajam”, destaca o poeta, que em sua obra busca apontar novos horizontes para pensar as masculinidades negras e o afeto.

O encontro entre Marcelo e Barbárie aconteceu durante as gravações de “Adé”, obra audiovisual simultânea ao seu livro, em que ambos declamam “Me chame de mãe”. “Lançamos nossas produções num contexto pandêmico, esse momento será de re-lançar nossas produções enquanto falamos de afetos neste espaço de encontro que é a biblioteca”, ressalta.    

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