Defesa Civil alerta para riscos com animais silvestres e recomenda cuidados

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Foto: ASCOM

O município de Camaçari possui uma vasta extensão territorial formada por mata virgem, que é o habitat de milhares de espécies de animais silvestres, como serpentes, aves de rapina, mamíferos, roedores, répteis, entre outros. Mas, não é raro acontecer destes animais serem vistos dentro de residências, nos quintais das casas, e em espaços diversos de convívio das pessoas. Então, o que fazer quando encontrar um animal fora do seu ambiente natural?

A  Defesa Civil de Camaçari, órgão vinculado à Secretaria dos Serviços Públicos (Sesp), presta esclarecimentos sobre o assunto, com o objetivo de informar à população sobre como se deve proceder em situações que envolvam animais silvestres, e em casos de acidentes como picadas, mordidas e arranhões.

O responsável pela coordenadoria, Ivanaldo Soares, informou que, cerca de oito a 10 animais silvestres são resgatados, mensalmente, no município; sendo a Costa de Camaçari líder em ocorrências, “por se tratar de uma região mais rural e de mata atlântica”, explicou ao sinalizar, que as serpentes são as espécies mais comuns, porém, também há apreensão de corujas, araras, papagaios, águias, gaviões, jacarés, e até lontras.

Conveniada com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), 90% dos casos dos bichos resgatados pela Defesa Civil são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), setor vinculado ao órgão estadual, onde são acolhidos, examinados e, posteriormente, devolvidos para as florestas, ou entregues ao Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, o Zoológico de Salvador.

“Os animais silvestres não oferecem perigo”, afirmou Ivanaldo, explicando que só atacam quando se sentem ameaçados, e completou enfatizando que, “não é bom que as pessoas, ao verem um animal silvestre, se aproximem dele, pois o bicho acha que vai ser atacado, então reage. Esta é a defesa dele”.

São considerados raros em Camaçari, ferimentos causados por animais selvagens, mas quando acontecem, a recomendação para as vítimas é que procurem uma unidade médica. “Mas se for picada de cobra e abelhas, deve ir rapidamente ao Hospital Roberto Santos, pois é a unidade médica, na Bahia, onde se pode encontrar o soro contra picadas de cobras, e antialérgicos para as ocorrências com abelhas”, alertou o coordenador.

Outro alerta que se faz sobre picadas de cobras, diz respeito aos riscos de infecções que as serpentes não-venenosas transmitem para as suas vítimas. Por serem animais carnívoros, ao devorarem pequenos roedores, víboras e lagartos, restos destes alimentos se acumulam entre as presas das cobras, onde se concentram ácidos gástricos muito fortes, capazes de provocar graves infecções na pele. “Venenosa ou não, as pessoas nunca devem se aproximar das serpentes, mas chamar a Defesa Civil, que removerá o animal com toda segurança”.

Sendo capacitados para agirem nas situações diversas envolvendo animais silvestres, os agentes da Defesa Civil participam de curso sobre acidentes ofídicos no zoológico da capital, assistem contínuas palestras, e realizam atividades de reciclagens com biólogos, inclusive para lidarem com animais marinhos. “Somos uma equipe treinada para atuar nas situações diversas, então, a população não precisa colocar seu bem-estar em risco. Em caso de emergência, ligue para 199”, frisou o coordenador

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