O novo valor do gás de cozinha já está em vigor. A Acelen, empresa criada pelo fundo Mubadala para assumir a operação da Refinaria de Mataripe, reajustou os preços de comercialização às distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) destinado aos usos industrial e comercial, no percentual médio de 9%.
Segundo o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), Robério Souza, o aumento é pesado. Em reais o aumento é de R$ 4,48 a R$ 4,58 kg, o equivalente a R$ 58,24 para um botijão de 13 kg. Em Salvador e Região Metropolitana, o preço do gás de cozinha, com esse reajuste, pode variar de R$ 115 a R$ 120. O aumento é quase dobro do ano passado. Há revendedoras falando que vendas estão caindo e que vão demitir funcionários. Em janeiro do ano passado, custava R$ 68 e em dezembro custava R$ 108. Segundo donos de revendedoras, a Acelen disse que o valor vai variar todo dia para mais ou para menos.
Com isso, já tem até restaurantes mudando o cardápio, a comida que cozinha mais rápido vai ser o prato do dia.
“Pela primeira vez a Acelen reajustou localmente o preço do gás de cozinha. É um reajuste local e isso significa que o impacto vai ser direto no povo baiano. É uma nova cara que o setor está começando a se deparar. Esse aumento é pesado e ainda tem os impostos que vão aumentar ainda mais esse valor para o consumidor final”, disse Robério Souza.
Um levantamento do Jornal Tribuna da Bahia junto a revendedores de bairros da cidade mostra que há estabelecimentos cobrando mais de R$ 120 no valor do botijão. Segundo o Sinrevgas, historicamente os preços mais altos são na região da Pituba, Ondina, Barra e Rio Vermelho. A região com um valor menor é a Suburbana e Cajazeiras. “O consumidor que for comprar a vista estará economizando mais. Já aquele que for comprar no cartão o valor será ainda mais caro”, enfatizou o porta-voz dos revendedores.
Petrobras
Antiga gestora da Refinaria, a Petrobras, por sua vez, mantém os preços do GLP inalterados desde 9 de outubro de 2021, segundo a publicação obrigatória feita no site da companhia. Na época, o reajuste médio anunciado pela estatal foi de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg, equivalente a R$ 50,15 por botijão de 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,26 por kg.
