O Enigma Lexeu: show no TCA marca lançamento do primeiro álbum do Letieres Leite Quinteto

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O “Enigma Lexeu” é o nome do primeiro álbum do Letieres Leite Quinteto, que será lançado exclusivamente nos formatos digital e vinil. O show que marca o lançamento do disco acontece nesta terça-feira (04/06), às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

O Letieres Leite Quinteto foi fundado há dez anos pelo músico, compositor e arranjador baiano, mais conhecido por estar à frente da Orkestra Rumpilezz. Com sete faixas, “Enigma Lexeu” é lançado pela gravadora Rocinante e condensa parte das pesquisas que o artista vem desenvolvendo nas últimas três décadas.

No roteiro do show estão todas as músicas do disco, como “Casa do Pai”, “Três Yabás”, “Patinete rami rami”, “Catalunya vuelve a casa” (em memória do baterista espanhol Roger Blàvia), “Tramandaí”, “Mestre Moa do Katendê” (composta em 2005 por Letieres para homenagear seu primeiro mestre de música, quando aluno secundarista, no projeto da etnomusicóloga Emília Biancardi) e “Honra ao Rei”, entre outras.

“O Enigma Lexeu” convida os ouvintes a escutarem as músicas e apreciarem as imagens do disco para, em algum momento, conseguir desvendá-lo. A proposta é que seja um movimento gradual. O próprio grupo não tem certezas e nem a intenção de revelar: sabe apenas que existe um enigma quando eles põem as máscaras e entram no palco, oferecendo algumas pistas. Esse é apenas o início do mistério que o público é chamado a esclarecer.

“O Quinteto nasceu da mesma ideia que me impulsionou a criar a Rumpilezz, ambos são feitos do mesmo barro: o Universo Percussivo Baiano, que chamo de UPB, e suas transmissões rítmicas para instrumentos como sax, flauta, baixo e bateria. O conceito estético, tanto da Rumpilezz quanto do Quinteto, surgiu bem antes desses trabalhos serem lançados, ainda na década de 1980, quando comecei a compor com estes elementos”, conta o mestre baiano.

Embora usem a mesma matéria-prima e tragam o mesmo princípio estético em sua gênese, o Quinteto e a Rumpilezz defendem sonoridades únicas. A diferença, para além do evidente número de músicos envolvidos (são 25 na formação maior), é que o Quinteto pousa o seu olhar na essência da música percussiva usando uma clássica identidade instrumental do jazz, com repertório original. O grupo é formado por Luizinho do Jêje (percussões), Ldson Galter (contrabaixo), Marcelo Galter (teclados), Tito Oliveira (bateria) e Letieres Leite (sax e flautas).

“Aqui a ideia foi fazer com que esses músicos conseguissem soar nesse formato de quinteto, bem clássico do jazz, o mesmo conceito que rege a Orkestra, que é de utilizar esses recursos da música de matriz africana como proposição para o improviso. Isto é, executar a composição baseados na música de matriz africana e na concepção do jazz. Penso que todas as faixas traduzem esse conceito”, explica Letieres.

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