Secad realiza 5ª oficina de construção do Plano de  Segurança Pública

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foto: secad

A 5ª oficina de construção coletiva para elaboração do Plano Municipal de Segurança Pública de Camaçari aconteceu nesta quarta-feira (13/9). O encontro, que reuniu representantes da Secretaria da Administração (Secad), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e do 10º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), ocorreu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção Camaçari.
 
Considerado o primeiro plano elaborado no estado da Bahia e um dos poucos no Brasil, a construção do documento final, que será apresentado à população através de audiências públicas, passa por fases importantes. Antes das oficinas, por exemplo, foi feito um estudo em toda a cidade, para levantamento do diagnóstico da violência em 88 bairros, através de pesquisa envolvendo 480 moradores residentes nas regiões da sede e costa.
 
Taiala Águilan, socióloga e mestre em Ciências Sociais pela Ufba, que integra o Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública (Progesp) da Escola de Administração da instituição, explicou que o objetivo da pesquisa para diagnóstico da violência, além de verificar os tipos de crimes de maior incidência no município, também possibilitou conhecer a perspectiva dos entrevistados no que diz respeito à sensação de segurança. “A ideia foi, justamente, tentar mensurar a questão da segurança neste território e, a partir daí, refletir sobre diversos fatores envolvendo o tema, que vai resultar na construção do documento final”, completou.
 
O comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM) Dom Pedro II, tenente-coronel Roberto Assunção, declarou ser “importantíssimo Camaçari dispor de um plano municipal de segurança pública, pois o município tem competência no uso do solo, o que tem características essenciais sobre o controle da segurança, a exemplo da iluminação, ocupação de forma ordenada e pavimentação de ruas”. O comandante também lembrou que segurança envolve um conjunto de coisas que, “compõe as condições necessárias para atuação das forças de segurança da cidade, que têm como um dos objetivos o controle da criminalidade”.
 
O comandante da 59ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Vila de Abrantes, o capitão Eliúde Almeida avaliou como positiva a realização das oficinas, pois possibilitam a participação dos vários setores da sociedade na discussão sobre a construção de uma cultura de paz no município, destacando que, “embora os atores principais sejam as forças policiais, que agem diretamente sobre as situações diversas, ouvir a opinião das pessoas, que compõem a sociedade, é muito importante, pois a visão de cada uma pode melhorar as nossas ações, até porque não somos os donos da verdade”.
 
Representando o 10º GBM, a major Maracy Vieira explicou que a instituição, enquanto entidade voltada para preservação da vida, contribui no processo de construção do documento, porque também trabalha pela segurança da sociedade e, de acordo com ela, quando todos se juntam sobre um projeto desenvolvem ações transversais. “Quando a gente fala de segurança pública não é só segurança no tocante ao combate da criminalidade, mas temos toda uma gama que inclui segurança da vida, escolar, doméstica e sobre tudo isso o Corpo de Bombeiros consegue falar e contribuir um pouco pra sociedade”, reforçou.
 
Da Secad, Sara Andrade, coordenadora do plano de Camaçari fez uma avaliação geral sobre os debates e discussões promovidos através das oficinas e destacou as expectativas sobre os trabalhos em execução. “Tudo que está acontecendo é de extrema importância, porque não dá para criar políticas públicas sem os agentes sociais que fazem a segurança social”, enfatizou. Para ela, a ideia dos encontros “é realizar um planejamento que seja democraticamente discutido. Queremos construir um documento viável, que funcione pra Camaçari, que é mais do que criar um documento técnico programado”.
 
De acordo com a programação elaborada para discutir e conciliar as prioridades do município foram planejadas, no total, sete oficinas de participação de membros de entidades representativas e a população em geral. Nas quatro primeiras edições, estiveram presentes representantes das forças policiais, secretarias municipais, imprensa local e sociedade civil, respectivamente.
 
No 6º encontro serão reunidos órgãos ligados à Justiça e, na 7ª e última edição, a juventude camaçariense. Os dias, horários e locais das próximas reuniões, serão divulgados posteriormente.

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