Com o objetivo de capacitar professores da Rede Pública Municipal de Ensino e servidores das unidades de saúde da Atenção Básica a identificarem crianças e adolescentes que demonstrem comportamentos suicidas, a fim de que os cuidados necessários sejam adotados de forma imediata, as secretarias da Saúde (Sesau) e da Educação (Seduc) se uniram e promoveram o curso “Considerações sobre o comportamento suicida infantojuvenil – como podemos ajudar?”.
Ministrado pela doutora em Psicologia Social da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Milena Lisboa, e pela servidora e mestra em Psicologia e Intervenções em Saúde, Lícia Cristiane, o curso teve início na manhã desta segunda-feira (4/9), na Avenida das Palmeiras, nas dependências da Faculdade Pitágoras, e contou com as presenças dos gestores, Neurilene Martins, da Seduc, e Elias Natan, da Sesau.
A importância de quebrar o tabu sobre o tema e encará-lo com mais humanidade foi enfatizada por Neurilene Martins. “Precisamos nos tornar pessoas melhores para assim termos um olhar mais humano para pessoas que sofrem desse mal. Somente com um olhar humanizado é que conseguimos identificar esse tipo de comportamento especialmente nas crianças”, explicou.
O alto índice de crianças e adolescentes sofrendo transtornos psicológicos que conduzem ao comportamento suicida foi destacado por Elias Natan. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais doente psicologicamente, em virtude de tantas pressões sociais dentre outros fatores. E isso tem atingido de forma avassaladora as crianças e os adolescentes. O conteúdo aprendido aqui, neste curso, precisa ser multiplicado para todos os profissionais das unidades de saúde e escolas com certeza”, destacou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio infantil é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e tem crescido também entre crianças de 5 a 14 anos, no Brasil e no mundo.
Divididos em duas turmas, uma com aulas nos meses de setembro e outubro e outra com aulas em novembro e dezembro, os servidores que participarem serão certificados com curso de extensão pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
