Morre, aos 72 anos, a famosa cozinheira Alaíde do Feijão

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Foto: G1

Morreu, nesta segunda-feira (31), vítima de complicações da Covid-19, Alaíde do Feijão. Contaminada pela segunda vez pelo vírus, a famosa cozinheira baiana estava internada em um hospital na capital baiana para tratar a doença, mas, segundo familiares, sofreu uma parada respiratória e não resistiu. A morte foi confirmada nas redes sociais por sua neta. Alaíde é proprietária do tradicional Restaurante da Alaíde, localizado no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.

Em nota, o Coletivo de Entidades Negras (CEN) lamentou a morte da cozinheira, a quem classifica como “grande matriarca do movimento negro baiano e brasileiro”. “Trata-se de uma perda irreparável, que deixa órfão todo o movimento negro brasileiro. Alaíde era uma mulher de grande força, representatividade, e legítima matriarca, como tantas mulheres negras chefes de família da Bahia e do Brasil. Alaíde do Feijão deixa um vazio político e cultural impossível de preencher. O movimento social negro da Bahia e do Brasil estão em luto, tristes, órfãos, como poucas vezes. O sentimento geral é de consternação, devastação. Perdemos uma grande mente conciliadora. O CEN externa sua solidariedade à família e aos amigos mais próximos e decreta luto interno”, diz o comunicado.

Quem também se manifestou sobre a morte de Alaíde foi o instrumentista, cantor e compositor Carlinhos Brown.  “Todas as honrarias àquela que alimenta os seus filhos, que alimenta a cultura. A matriarca Alaide é essa referência de alguém que sempre recebeu com seu sorriso e o seu feijão peculiares. É benção do Ilê Aiyê, do Olodum, da Timbalada, do Cortejo, de todos nós. Os seus sabores estarão sempre gravados no inconfundível panteão da culinária baiana, pois é mestra. Nós agradecemos a essa mãe luminosa. Que siga em paz”, disse Brown. 11SDFDDF

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